A carcinomatose por mesotelioma peritoneal é uma condição rara e agressiva na qual células cancerígenas se desenvolvem no peritônio, uma membrana que reveste a cavidade abdominal. Essa forma de mesotelioma está diretamente relacionada à exposição prévia ao amianto, uma fibra mineral amplamente utilizada em diversas indústrias no passado.

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O mesotelioma peritoneal pode se manifestar de forma silenciosa nas fases iniciais, tornando o diagnóstico desafiador.

 

Os sintomas podem incluir dor abdominal, inchaço, alterações no funcionamento intestinal, perda de peso inexplicada e fadiga. Devido à natureza inespecífica desses sintomas, o diagnóstico precoce pode ser difícil.

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Quando há suspeita de carcinomatose por mesotelioma peritoneal, são realizados exames médicos e uma avaliação completa do histórico médico do paciente, incluindo exposição ao amianto. Além disso, são considerados fatores como sintomas, exames físicos e resultados de exames laboratoriais.

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O diagnóstico definitivo da carcinomatose por mesotelioma peritoneal é geralmente confirmado por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), que fornecem informações detalhadas sobre a presença de tumores peritoneais, sua localização e disseminação.

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Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia, que é a remoção de uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial. A biópsia pode ser realizada por meio de um procedimento cirúrgico chamado laparoscopia, no qual uma pequena câmera é inserida no abdômen para visualizar os tecidos e coletar amostras.

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É importante destacar que o diagnóstico da carcinomatose por mesotelioma peritoneal é complexo e requer a avaliação de médicos especializados, como oncologistas e patologistas, que analisam os sintomas, exames e resultados laboratoriais. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento adequado e melhores resultados para os pacientes afetados por essa doença.

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O tratamento da carcinomatose por mesotelioma peritoneal envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir cirurgia, quimioterapia e terapia de suporte. O objetivo principal é aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes. É importante ressaltar que cada caso é único, e o tratamento deve ser individualizado de acordo com a extensão da doença, a saúde geral do paciente e outros fatores relevantes.

1. Cirurgia:

   • A cirurgia é um componente central no tratamento da carcinomatose por mesotelioma peritoneal. O procedimento principal utilizado é a cirurgia citorredutora, na qual o cirurgião remove o máximo possível de tumores visíveis no peritônio. Isso é feito por meio de uma laparotomia (cirurgia aberta) ou laparoscopia (cirurgia minimamente invasiva). A cirurgia citorredutora tem como objetivo reduzir a carga tumoral e melhorar os sintomas dos pacientes.

   • Após a cirurgia citorredutora, é realizada uma técnica chamada quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (HIPEC, na sigla em inglês). Nesse procedimento, uma solução quimioterápica aquecida é administrada no abdômen para destruir células cancerígenas remanescentes. A combinação da cirurgia citorredutora com HIPEC tem se mostrado eficaz no controle da doença e no aumento da sobrevida em alguns pacientes.

2. Quimioterapia:

   • A quimioterapia sistêmica também pode ser utilizada no tratamento da carcinomatose por mesotelioma peritoneal. Nesse caso, medicamentos anticancerígenos são administrados por via oral ou intravenosa para combater as células cancerígenas que podem ter se espalhado para outras partes do corpo. A quimioterapia sistêmica pode ser administrada antes ou após a cirurgia citorredutora e HIPEC, dependendo do caso.

3. Terapia de suporte:

   • A terapia de suporte desempenha um papel importante no tratamento da carcinomatose por mesotelioma peritoneal. Isso inclui cuidados paliativos, controle da dor, manejo de sintomas e suporte emocional para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

   • Além disso, uma abordagem multidisciplinar pode envolver o apoio de nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos para ajudar os pacientes a enfrentar os desafios físicos e emocionais associados à doença e ao tratamento.

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É essencial que o tratamento seja realizado por uma equipe médica especializada, incluindo oncologistas, cirurgiões e outros profissionais de saúde que trabalhem em conjunto para criar um plano de tratamento personalizado para cada paciente. O acompanhamento regular e a adesão ao tratamento são fundamentais para o melhor controle da doença e para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com carcinomatose por mesotelioma peritoneal.